O trabalho de Klécio Medeiros é FANTÁS-TICO, no sentido da onipresença cognitiva na hierar-quia das fases da vida, a exemplo do “Pequeno Prínci-pe”. O autor fala de magia dentro da naturalidade cabí-vel ao crente e ao descrente.
Quanto ao conteúdo místico, folclórico, humano e, principalmente, filosófico, é para um jovem de sua idade, na época em que vivemos, um alicerce ainda muito firme à resistência do AMOR e do SONHAR, que é um direito humano vitalício.
O que mais me chamou a atenção foi a sua forma de colocação à LOUCURA, como uma força “Roter-daniana” ao amparo dos que transcendem este natural obstáculo normal em certas vidas . . .
As colocações moraes entre ser humano e os a-nimais, insetos e formas de vida do nosso biógeno, como os ensinamentos sensatos à sobrevivência, nos lembram a conotação de Chico Buarque em: “Fazenda Modelo”, idéia que talvez venha de George Huorel em “Revolução dos Bichos”, não deixando nada a dever aos referidos escritores, sendo que a posição deles é claramente político-contemporânea, e a do autor é filo-sófica eterna. . .
Mas não se deve esquecer que somos eternos Kamikazes de nossas próprias lutas internas. Eis o li-miar da loucura e quem consegue transcendê-la jamais atirará a primeira pedra.
A linha clássica das façanhas de Hércules em Jo-ão é posta de maneira tão terna, que mostra ao adoles-cente atual o poder da espada do reacionário, unida ao argumento liberal e pessoal da busca individual. É uma ótima opção literária no estilo aventura, em que a vio-lência é vencida pelo poder do raciocínio, algo ótimo e inovador no sentido didático-espiritual das pessoas.
As colocações existentes e filosóficas são de am-plitude cognitiva transcendente às gerações. Eu um cinquentão em crise, aliviei-me e confortei-me ao meu equilíbrio necessário, ao meu momento, lendo a Obra. As coisas chegam às nossas mãos na hora certa, eis as leis naturais dos encontros, agindo como a “Linguagem dos Sinais”
Tudo que acalma meus sentidos, catalisa a minha química cerebral. A endorfina (química cerebral do humor) e serotonina (química inibidora do humor) en-tram em uma conformação de equilíbrio que age em meu ser como um poderoso psicoativo que me leva às rais da “normalidade” ou o meu conceito da mesma, isso me faz bem. E este livro efetuou-me o referido fenômeno psicofísico. Obrigado!...
É muito bom ser amigo e contemporâneo de um escritor de sua Estirpe, incentiva-nos à VIDA!...
Na pagina 163, último parágrafo até a 166, pri-meiro parágrafo, a sua glosa maniqueísta é eloqüente acessível às mais diversas cognições humanas sob a necessária postura do relativismo antagônico, como a necessidade básica à existencialidade de um fenômeno polemicamente filosófico, em que a imaturidade indi-vidual do ser busca inconscientemente cumplicidade recalcada na conceituação do mal alheio.
Seguindo a sua colocação sobre a individualidade perceptível humana sobre a beleza da flor e a paradoxal eloqüente do silêncio, sobre a natural beleza e existên-cia de um rio e outros fenômenos naturais, nos liga mais a visão ao fator emocional que a própria vaidade de um poeta de bela oratória, em maravilhosas expres-sões poético-filosóficas. Porque a Vida, para ser real-mente vivida, deve ser observada sem os moldes e cli-chês milenares estruturados por poderosos intelectos de outras épocas mentais, em que a atual realidade virtual era chamada de ficção, e as possibilidades virtuais con-temporâneas, de utopias.
A partida de João lembra o verso pessoano: “... E é só dentro de nós que caminhamos” (Ótimo).
Na página 139, último parágrafo, ao reporta-se ao vazio interior, lembrei-me de um trecho de um dos meus trabalhos sobre “tanatologia” – estudo da aceita-ção humana a morte, que a meu ver toda fobia humana é oriunda deste fenômeno, onde digo que: “... entre a vida e a morte, há um abismo muito estreito, mas bas-tante profundo, em que um leve tropeço do individuo poderá tragá-lo sem piedade.”
Esta obra de Klécio Medeiros será reconhecida pelo porvir, com a mesma grandeza de agora, sentida por mim, um cinquentão, que vem, aos poucos, apren-dendo ainda a viver, e ela para mim foi um grande im-pulso; pela sua sensibilidade expressa em um positivo mágico e fiel às necessidades racionais, afetivas e mís-ticas que a humanidade necessita.
Ao amigo e colega
Vitória da Conquista – Ba, em 07 dejaneiro de 2010.
sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010
Elogio de Klécio Medeiros por Francisco Gabriel Mendonça Costa Lima
Postado por FESTA ALOKA às 05:32
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3 comentários:
adorei a cor do blog ...
vlw queridoo ....
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